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Precisamos falar sobre o mar de medos




Por Marcely Magalhães


“Coração e respiração mais acelerada, frio na barriga, sensação de adrenalina … E agora? Vai ou fica? O que você faz quando sente medo?”


O medo muitas vezes parece uma onda gigante que chega para “nos engolir” , uma sensação forte e paralisadora de algo que ainda não aconteceu. Ele é uma projeção da nossa mente, que pode sim identificar o perigo real, ou criar uma versão perigosa que de fato não se concretizou e que pode ter outra via de realização segura.


Esse texto tem a intenção de ressaltar a dualidade do medo. O medo como ferramenta de proteção que merece a nossa atenção para ser identificado como algo que é realmente muito perigoso ou algo que pode ser superado, para não paralisar as nossas ações.


Segundo a psicanálise , podemos afirmar que o medo não é apenas uma necessidade para a sobrevivência, mas também uma forma de constituição da própria personalidade, uma projeção na sociedade. O medo (da castração) é um dos fatores que constituem o sujeito.




O surf é um exemplo ativo onde a dualidade do medo se apresenta, por ser um esporte que é radical, muitas pessoas sentem medo do tamanho das ondas, da velocidade, mas que para muitas pessoas é um lugar de meditação ativa, momento de auto observação, além de sentirem sensação de bem-estar ao pegar umas ondas . Os surfistas também sentem medo de ir para o mar, porque cada vivência lá dentro é diferente, mas eles escolhem sentir-se confortável com esse medo do mar , além de ativarem a atenção para cada ação do esporte.


O medo constante, por sua vez, se refere a um sentimento de receio que não apresenta um motivo evidente. Muitas pessoas apresentam medos constantes no dia a dia e de certa forma, o medo é natural do ser humano e de fato é fundamental para a sobrevivência. Em alguns casos o medo generalizado pode se tornar doenças, entre elas, destacam-se a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico.






COMO SURFAR NAS ONDAS DOS MEDOS?!


TERAPIA


Na terapia você vai ter o momento de falar sobre as sensações que podem estar te paralisando com um profissional especializado para te ouvir. A intenção é entender o que se passa por trás do que nos amedronta , se realmente são riscos que merecem a nossa atenção ou se são desafios a serem superados.



ESTILO DE VIDA


Criar uma rotina mais confortável, dentro do que é possível na sua realidade pode te ajudar a enfrentar os seus medos. Se você tem medo de altura , por exemplo, comece subindo devagar, vá acompanhada, trabalhando a auto observação e o que é ilusão e o que é risco real.

Busque praticar mais esportes para ir percebendo que o seu corpo é capaz, que certas ações podem ser feitas de forma segura. A prática constante de exercícios físicos te ajudam a sentir confiança no seu próprio corpo.



EXERCÍCIOS PARA SUPERAR MEDOS


Qual o meu maior medo?

Quais riscos reais essa situação pode me trazer?

O que pode acontecer de mais grave se eu viver essa situação?



Por fim, confesso que eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo. Mas se tem uma coisa eu posso garantir é que: O maior erro que você pode cometer é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum.

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